Questão:
Afinal, a Missão Centenário trouxe conseqüências positivas para a Educação brasileira?
2007-09-10 06:21:31 UTC
Foi um ato cívico muito bonito. No ano do centenário do vôo do 14 Bis a Aeronáutica brasileira fez chegar à estação orbital internacional uma réplica do famoso chapéu de Alberto Santos Dumont. No entanto, a façanha gerou controvérsias. De um lado, os que apontavam o elevado custo, US$ 10 milhões, de uma ação inócua e desprovida de objetivos. De outro, os que a apoiavam e observavam, entre outros aspectos, os benefícios que ela traria para a Educação.
Agora que o tempo passou, já dá para dizer quem estava certo?
Quatro respostas:
2007-09-10 07:45:57 UTC
Emoção à parte, a viagem não deixou de abrir uma oportunidade futura para "empresas brasileiras de realizar contratos paralelos de exportação, de modo a gerar mais desenvolvimento tecnológico, saldo na balança comercial e mais empregos", como declarou o astronauta em entrevista recente.



A viagem de um brasileiro à estação orbital havia sido planejada desde 1997, após a assinatura de um acordo entre o Brasil e os Estados Unidos, segundo o qual o país, através da Agência Espacial Brasileira (AEB), teria o direito à participação científica na ISS, com tripulante incluído, em troca de equipamentos fornecidos à cota da Nasa (agência espacial americana) para a montagem da estação.



No entanto, a revisão da participação brasileira (de uma estimativa inicial de US$ 120 milhões em cinco anos para um teto de US$ 10 milhões ao ano desde 2003) e a suspensão do programa de ônibus espaciais da agência americana levaram o Brasil a aceitar um convite feito pela Roscosmos (agência espacial russa) para enviar ao espaço seu astronauta ainda neste ano.



A assinatura de um contrato comercial, em outubro de 2005, entre a AEB e a Roscosmos, viabilizou a viagem. Devido aos altos custos, a missão foi cercada de polêmica no Brasil, tendo sido defendida e criticada por vários cientistas.



Para o astrônomo Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, por exemplo, autor de mais de 40 livros sobre astronomia e espaço, entre eles o recém publicado "Anuário de Astronomia 2006" não vale a pena pagar tanto. Segundo Morão, decidir enviar o brasileiro agora "foi uma decisão precipitada", pois antes de se pensar em ir ao espaço, teríamos que começar a desenvolver o nosso próprio foguete. Para o astrônomo, até mesmo batizar a missão como Centenário para homenagear Santos Dumont foi inadequado. "Santos Dumont voou por seus próprios meios", afirmou, em alusão ao 14 BIS. Nos oito dias em que ficou a bordo da ISS, Pontes realizou, com sucesso, oito experiências nas áreas de biotecnologia, microeletrônica, mecânica e biologia.



resumindo agora da para ver que nao deu em nada abcs
2007-09-11 01:41:03 UTC
O Marcos é uma simpatia. E se ele não tivesse de ser político, aposto que responderia que que a viagem dele só serviu para ele mesmo! Mas que foi frustrante, não há dúvidas. O cara treinou anos para viajar ao espaço, daí quando chega a vez dele é cortado porque o Brasil não pagou a conta.

Daí, para não fazer feio, algum expert em matemática fez as contas e "descobriu" que se ele fosse como turista ia ser mais barato.

Fez algumas experiências sem muita importância (afinal turistas não devem atrapalhar o pessoal que trabalha à bordo), passeou no espaço e apareceu por pouco tempo como garoto-propaganda de um governo que "investe" pesado em pesquisa. Enquanto isso, a Base de Alcântara continua na penúria...

A educação brasileira (em letras minúsculas mesmo) ficou no mesmo estágio onde estava, não mudou nada por causa deste evento. Sobrou apenas um registro a mais demonstrar o quanto o país é grande e maravilhoso, que a criançada tem de lembrar (ou colar) para passar na prova.
Sydney
2007-09-10 18:16:20 UTC
Amigo, um pais q seus sistema escolar está aos cacos, vc quer consequencias positivas? pergunte aos alunos q participaram dos experimentos se eles lembram o nome do comonalta brasileiro q foi pro espaço, claro q elas lembram, agora faça a mesma pergunta aos alunos não envouvidos.

eles nem sabem oque é a E.E.I. quanto mais o nome do marcos.

ou seja, enquanto menos de 1¨% dos alunos foram privilegiados os outros 99% nem sabem quais os objetivos da missão dele.

com 10 milhões de dólares vc equipa milhares de escolas ou constroi no minimo mais umas 10. isso sim iria privilegiar grande parte dos alunos Brasileiros.

sem contar q com 10 milhões de dólares vc iria dar um empurrão bem grande no programa espacial Brasileiro.

ai o governo teria q escolher.

O que o Brasil fez foi enviar um turista espacial o Primeiro do Brasil.

gastou dinheiro em vão que poderia insentivar outras areas da pesquisa.



sem contar com as muitas outras variaveis que existem a cerca desa burrice.
?
2007-09-10 17:30:46 UTC
Com certeza! Além da participação direta de escolas públicas em parte dos experimentos realizados pelo Ten. Cel. Marcos Pontes, há também o interesse generalizado pela missão, que certamente deve despertar o interesse para o Espaço e para a Ciência. Mas é um benefício difícil de quantificar, e que tem retorno lento.


Este conteúdo foi postado originalmente no Y! Answers, um site de perguntas e respostas que foi encerrado em 2021.
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